Promovida pelo Nosso Meio e Unimed Fortaleza, nova edição do Encontro com o Mercado reuniu profissionais do mercado no restaurante Doc Trattoria & Wine Bar, em Fortaleza
No início da tarde de hoje (9), ocorreu mais uma edição do Encontro com o Mercado. O evento, promovido pelo Nosso Meio, em parceria com a Unimed Fortaleza, ocorreu no restaurante Doc Trattoria & Wine Bar e contou com uma palestra de Sabina Deweik sobre o tema Saúde social: o novo pilar de sucesso organizacional.
A caçadora de tendências e pesquisadora de comportamento introduziu sua palestra com uma breve definição sobre sua profissão, que consiste na identificação de padrões para determinar tendências futuras no mercado. Segundo Sabina, esse futuro não é uma singularidade, apresentando-se como um lugar criado a partir das escolhas feitas no presente.
“Cada um de vocês, como profissionais e cidadãos do mundo, principalmente os líderes, tem a responsabilidade de criar futuros mais desejáveis e com consciência”, ressaltou.

Sabina deu segmento a palestra, afirmando que estamos em uma era de intimidade artificial, onde boa parte das interações são feitas por meio de telas. A profissional também falou sobre os avanços exponenciais da tecnologia, gerando um fenômeno social chamado FOBO ou “Medo de Ficar Obsoleto”.
“Uma habilidade técnica que antes durava 30 anos, está durando 2 anos, no máximo, nessa era. 50% das nossas habilidades terão que ser realocadas em 2030. Se não abrirmos nossas mentes para aprender e desaprender novas habilidades, nos tornaremos obsoletos”, ela destacou.
Sabina Deweik também conceitualizou a chamada Geração T, inserida em um período transitório, onde o mundo muda rapidamente e apresenta futuros dicotômicos, com realidades hightechs e, ao mesmo tempo, carentes de fatores humanos importantes para a sociedade. Nesse contexto, o indivíduo vive dilemas consigo mesmo, com o outro e com o mundo, em crises que envolvem conflitos mundiais, ecologia, gerações e polarizações de ideiais.
A caçadora de tendências também destacou as questões de saúde mental e trabalho que permeiam cada geração, e em como o burnout afetou significativamente as gerações mais jovens, causando revoluções silenciosas como quiet quitting, quiet ambition e quiet cracking. Essas revoluções estariam diretamente relacionadas a quedas de engajamento e retenção, e aumento da rotatividade, gerando prejuízos.

Ainda nas questões de saúde mental, Sabina destacou como a solidão afeta negativamente a saúde mental e física dos seres humanos, sendo mais prejudicial do que fumar quinze cigarros por dia. E advertiu que “precisamos criar laços, ter espaços de conversas e convivência para garantir o bem-estar dos nossos colaboradores. As empresas que investirem nisso, terão menos rotatividade, mais retenção e mais produtividade”.
A palestrante encerrou sua palestra destacando a importância da saúde social, para o equilíbrio de um indivíduo, e apresentou os 6Cs da Saúde Social Organizacional que podem ajudar na melhora do bem-estar dos colaboradores, sendo eles: confiança, cuidado, colaboração, comunidade, compaixão e conexão.
“Tecnologias como IA podem até nos ajudar na questão da melhora do tempo e da organização, mas será na fricção do humano com o humano, que a gente vai crescer, evoluir, se transformar e se tornar seres humanos e, consequentemente, profissionais melhores. E, assim, escolher futuros mais desejáveis, plurais e felizes para todos nós”, concluiu.
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