Gestão do novo biênio tem foco em investir em capacitação e eventos
A Associação Cearense de Agentes Digitais anunciou, no fim de 2023, o quadro novo da gestão do biênio 2024/2025. Com o propósito de conectar os principais atores do mercado digital no Ceará e fomentar o bom diálogo, a ACADi decidiu, em comum acordo com todos os associados, os profissionais que irão comandar cada um dos setores.
Presidente: Mário Acioli (Revelante)
Administrativo: Leonardo Leitão (Leme)
Financeiro: Paulo Texeira (Index/Tweex)
Marketing: Vanessa Vigelis (Flex And Comunicação)
Capacitação: Juliana Saraiva (Ipanema)
Negócios: Thiago Peixoto (EBMQUINTTO)
Integração: Chateaubriand Arrais (Tatics)
Eventos: Raquel Batista (Audaces)
Como novo presidente da Associação, Mário Acioli, Diretor da Relevante Estratégia Criativa, compartilhou com o Nosso Meio, sua expectativa para assumir esses dois anos à frente da ACADi.
1) Assumindo uma nova posição como presidente da ACADi. Queria que você compartilhasse como iniciou sua jornada na Associação?
Confesso que no começo me senti um pouco deslocado, sem saber bem como poderia contribuir. Mas fui ganhando confiança e criando afinidade com os outros associados. Quando começaram a haver os debates e as primeiras iniciativas sobre pontos que eram importantes para a nossa atuação no mercado, pude perceber a força que esse grupo tem.
Eu lembro de um fato que hoje soa engraçado, mas que foi importante naquele momento. As assembléias mensais tinham “chamada” e a agência que faltasse levava multa! Quem reincidisse, seria eliminado! Foi a forma encontrada de garantir quórum nas reuniões. E deu certo! Essa obrigação fez com que as pessoas se esforçassem para começar aquilo, a parar um pouco para debater o mercado, trazer seus pontos. E vimos que muitas necessidades eram comuns.
2) Em 2015, nasceu a ACADi com o intuito de articular os principais atores do mercado digital no Ceará e fomentar o bom diálogo. De 2015 para cá, como a ACADi caminhou rumo a esse propósito?
Eu acho que a ACADi vem trilhando um caminho muito louvável. Ainda não temos 10 anos, mas me atrevo a dizer que é a associação do nosso setor mais abrangente e atuante, hoje no Ceará. Somos 30 associados, movimentamos o mercado, tanto do ponto de vista das agências, como em função de seus colaboradores. Trilhamos um caminho da união, e o próprio Nosso Meio é exemplo e testemunha disso. Renovamos agora uma parceria sólida e que gera resultados perceptíveis.
A ACADi uniu o segmento do digital. Óbvio que existem centenas de outros players, mas boa parte do “VGV” desse mercado está aqui e age com boas práticas que a associação ajudou a disseminar.
3) Você irá conciliar a função de diretor da Relevante com presidente da ACADi. Como você se divide entre essas duas funções e o que lhe motiva a abraçar essas duas posições?
Essa é fácil! Esse desafio só é possível por causa dos TIMES! Equipe é tudo! Um técnico de futebol, o melhor do mundo que seja, não entra em campo e não pode fazer gol. Ou seja, ele precisa de equipe, de um elenco que saiba e queira executar aqueles preceitos. E, felizmente, tanto na Relevante como na ACADi, eu tenho times espetaculares e interessados em dar resultado, em fazer acontecer.
Formamos uma diretoria campeã para esse novo biênio. Não estou sozinho nessa, muito pelo contrário. Tenho oito excelentes profissionais, que convidei para assumir cada diretoria com base na experiência e na capacidade de implementar os projetos que pensamos para esses próximos dois anos.
4) Quais são as principais iniciativas da ACADi para 2024?
Alguns pontos ainda precisam de mais discussão para entendermos a real viabilidade, mas temos um foco em algumas iniciativas específicas.
– Academia: temos estreitado as relações com as universidades. A ACADi hoje tem parceria com grandes universidades, algo fundamental para o fomento e a profissionalização do nosso mercado.
– Capacitação: nosso mercado demanda e carece de profissionais capacitados. Há vários anos temos desenhado um formato de curso de formação de profissionais específicos. Vamos trabalhar para tirar esse projeto do papel!
– Eventos: o prêmio ACADi se consagra a cada ano. Estamos estudando formas de torná-lo cada vez mais abrangente, com mais agências inscritas e bons trabalhos reconhecidos.
– Integração: Temos feito um grande esforço para atrair novos players, não só agências, mas profissionais autônomos e media partners. Eu acredito que a pluralidade da associação torna as ações mais amplas e inclusivas.
– Negócios: a disputa pelas fatias do mercado sempre vai ser o maior embate. Afinal, apesar de associados, somos concorrentes. Mas concorrentes não significa inimigos, né?! E a questão da precificação e da competição leal são fundamentais nessa relação. Nossa ideia é abrir espaço para um debate franco sobre o assunto e conseguir desenhar um modelo de precificação que possa nortear o mercado.
5) Como você pode incentivar a associação de mais agências?
Aos colegas de mercado, sejam eles agências, profissionais liberais, profissionais de marketing, veículos ou soluções de mídia, eu diria que só o contato com os demais associados já vale a pena. Além disso, a ACADi oferece benefícios para as agências e seus funcionários e é um espaço onde cada agente tem voz ativa e pode ser parte nesse crescimento do nosso mercado.
Nós estamos nesse momento definindo novos formatos de associação. Justamente para facilitar o acesso dos profissionais autônomos e das pequenas agências. Não que esse seja o público-alvo, mas nosso alvo é justamente a pluralidade de associados. No polo oposto, estamos criando um formato de inserção de grandes players, sobretudo de mídia, no intuito de abrir espaço para que esses veículos possam conversar de perto com nossas 30 agências.
6) Como o diálogo entre agências digitais pode fomentar o mercado local e possibilitar a ascensão desse cenário?
Acho que já falei um pouco disso em cada resposta! Cada agência tem sua expertise, seu foco de mercado, seu perfil de clientes etc. Cada um tem sua estratégia, sua forma de rentabilizar. E eu digo que tem mercado para todos! O que não pode haver é concorrência predatória e desleal, porque a agência inevitavelmente se afunda e afunda o mercado junto!
Cada ação desenvolvida, mesmo que indiretamente, está fomentando um mercado saudável. A troca de experiências, às vezes uma fala de um colega é capaz de dar luz a um problema. Eu gosto de um ditado que diz assim: “Aprenda com o erro dos outros. Você não vive tanto para errar tudo sozinho”! E eu acredito mesmo que o associativismo é isso, é você sair do seu planeta e perceber como as coisas funcionam no universo todo.
7) Por fim, qual frase ou princípios irão conduzir sua gestão à frente da ACADi?
Vou me valer de outra frase que uso muito: “É melhor feito do que perfeito”! Isso significa que quase sempre buscamos pensar as coisas com excelência, mas quase sempre não conseguimos executar. Ou seja, é melhor fazer como dá, dar o primeiro passo, plantar a semente, do que passar a vida inteira rabiscando o projeto. Quando convidei os diretores para compor a nossa chapa, eu falei: “não quero muito da ajuda e do tempo de vocês. Se cada um fizer uma única coisa, já teremos muito”.
Posso usar um exemplo da própria ACADi: o Prêmio ACADi (que foi rebatizado de Prêmio Juan Vasquez em homenagem ao nosso grande amigo que nos deixou na pandemia) não começou perfeito. Passamos anos planejando, sonhando, discutindo como ele poderia ser. Um dia a gente decidiu que ele precisava nascer! Eu e o Leo (Leonardo Leitão, CEO da LEME) mergulhamos de cabeça naquilo e o projeto saiu do papel. Perfeito? Claro que não! Mas funcionou e vem se aperfeiçoando a cada ano.
