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Pesquisa revela que apenas 10% dos influenciadores LGBTQIAP+ se sentem representados em campanhas publicitárias

Por Redação

28/06/2023 14h34

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Estudo inédito realizado pela Squid identificou que criadores afirmam receber mais oportunidade no mês do Orgulho do que em qualquer outra época do ano

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+ é celebrado no dia 28 de junho, devido a grande repercussão em prol à causa, é capaz de movimentar bilhões de dólares criando um mercado voltado para a venda de produtos e serviços. Pensando nessa relação, a Squid, ouviu os criadores de conteúdo cadastrados em sua plataforma sobre as campanhas publicitárias do mês do Orgulho. 

Do total de entrevistados pela martech, ⅓ dos respondentes afirmaram que são chamados para realizar campanhas de marketing de influência apenas no mês de junho, e outros ⅓ disseram ter muito mais oportunidades de trabalhos durante este mês do que em qualquer outra época do ano. Dentre os mais de 550 criadores de conteúdo respondentes da pesquisa, somente 10% responderam que se sentem verdadeiramente representados por campanhas publicitárias ao longo do ano.

“O que os criadores LGBTQIAP+ mais trouxeram durante a nossa pesquisa foi que muitas marcas estavam em busca do famoso ‘pink money’. A partir desse movimento, passou a existir um questionamento sobre apoiar empresas que usam do mês do orgulho para demonstrar suporte ao tema”, conta Felipe Oliva, CEO da Squid.

“Esse movimento acontece pois, além de criadores de conteúdo, os influenciadores também são consumidores e sabem quais marcas se aproveitam da data comemorativa e quais estão realmente com ações voltadas para a comunidade nos outros meses. Pensando estrategicamente, é fundamental que, antes de criar uma campanha de marketing de influência relacionada ao mês de junho, a marca deve definir se esse apoio será feito em outros momentos do ano também”, complementa.

Mesmo com as inúmeras oportunidades de campanhas para o mês, os influenciadores digitais têm se tornado cada vez mais cuidadosos e criteriosos ao aceitar uma proposta de campanha de marketing de influência para a data.

“No início do ano, lançamos o primeiro Censo de Criadores de Conteúdo do Brasil (CCCB) e identificamos que 64% dos influenciadores rejeitaram participar de uma campanha se a marca não estiver alinhada com seus valores pessoais. Essa não é só uma exigência dos creators mas também dos seguidores, que identificam rapidamente quando o criador de conteúdo possui alguma ligação com a marca ou topou realizar a campanha apenas pelo trabalho e passa a consumir ou ignorar aquele conteúdo”, conta Duda Dias, gerente de Market Insights da Squid.

Como resultado, 57% dos respondentes citaram o fato da marca se posicionar em defesa da diversidade ao longo do ano como motivo principal, seguido pelo apoio à diversidade como um todo (raça, classe social, idade, sexualidade, etc.) — motivo levantado por 54% dos influenciadores —, e 44% apontaram o fato da marca trabalhar com creators e pessoas LGBTQIAP+ ao longo do ano.

Já os principais motivos que levam os criadores de conteúdo digitais a não aceitarem realizar uma campanha foram, em primeiro lugar, marcas que já se envolveram em polêmicas relacionadas a qualquer movimento social, seguido por corporações que não possuem pessoas LGBTQIAP+ em seu corpo de funcionários. Já o terceiro motivo mais citado foi sobre empresas que realizam campanhas no mês do orgulho LGBTQIAP+ e não têm um compromisso efetivo com a comunidade.

Já sobre as marcas mais lembradas como apoiadoras genuínas da causa LGBTQIAP+, O Boticário aparece em primeiro lugar, seguido por Avon e Natura.

“Ao utilizar de dados estratégicos para realizar campanhas de marketing de influência, as marcas criam a oportunidade de se conectarem por meio de relações duradouras com os consumidores. Idealizar campanhas que incluam diversidade durante todo o ano, contratar pessoas LGBTQIAP+ e apoiar o movimento são apenas algumas das ações que demonstram a verdadeira ligação entre a marca e a causa”, finaliza Duda 

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