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O Poder da Mudança – O que vi e aprendi no RD Summit 2024

Por Redação

10/12/2024 09h58

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Por Raquel Marques, Coordenadora de Marketing na Moura Dubeux

Mudança chama mudança…

Assim começa a reflexão que trago dos intensos dias de aprendizado no RD Summit 2024, realizado em São Paulo, nos dias 8, 9 e 10 de novembro.

A mudança está acontecendo de forma acelerada e em múltiplas dimensões: tanto no plano interno quanto no externo, tanto para pessoas quanto para organizações. Estamos vivendo uma fase de mutação constante e cada vez mais rápida. As ondas de transformação social e tecnológica nos forçam a olhar para tudo com um olhar voltado para o “modo mudança” contínuo.

Eu, Raquel, fiz uma mudança recente no meu visual: alterei meu cabelo. Algumas pessoas ficaram até surpresas e disseram que fui corajosa, ou até mesmo radical (rsrsrs). Mas, se olharmos com calma, não estamos todos, de certa forma, em um processo constante de mudança que nos coloca em estado de alerta?

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, ao analisar a transição da modernidade sólida para a modernidade líquida, descreve essa mudança como um processo que começou na segunda metade do século XX, impulsionado pela globalização, novas tecnologias e instabilidade financeira. Bauman nos apresenta uma sociedade contemporânea fluida, volátil e dinâmica. E agora você deve estar se perguntando: “O que isso tem a ver com o mercado, os negócios e o marketing?” Eu te devolvo a pergunta: Se estamos em uma sociedade tão dinâmica, por que ainda acreditamos que a maneira como fazemos negócios permanece estática?

Poderia citar aqui inúmeros exemplos de empresas que não conseguiram se adaptar às mudanças e acabaram obsoletas, como Blockbuster, Kodak e a indústria da música. No entanto, este não é o foco do artigo. O que estamos vivendo hoje é um momento muito mais voltado para a inovação e adaptação, e não para resistir às transformações. Isso torna o ambiente de negócios ainda mais desafiador, refletindo diretamente na maneira como consumimos. Sem falar nas diferenças operacionais, que tornam as mudanças ainda mais drásticas, especialmente quando olhamos para as gerações atuais, como a Geração Z. Essa geração, que ocupa cada vez mais os postos de trabalho, não aceita produtos generalistas e sem conexão com causas sociais e com a realidade existencial.

Mudar não é mais uma opção.
Hoje, a mudança é uma estratégia essencial em todos os níveis organizacionais. Diversos estudos apresentados no RD Summit, o maior evento de marketing da América Latina, reforçam a ideia de que temas como diversidade, autenticidade e engajamento social são fundamentais para o sucesso das empresas.

Um dado apresentado pela CEO Ana Couto revela que 56% dos brasileiros acreditam que as grandes empresas têm o poder de resolver parte dos problemas que enfrentamos. Outro dado interessante, compartilhado por Giba Della Giustina, com base no estudo Kantar Sustainability Index 2022, revela que 83% da Geração Z acredita que a publicidade deveria refletir a diversidade étnica do Brasil. (Ei, você que tem uma marca nordestina, atenção na forma como utiliza as imagens em sua comunicação!)

E quanto à temida inteligência artificial (IA)? No evento, a IA foi vista muito mais como uma aliada do que uma ameaça. O verdadeiro perigo está em não utilizá-la para aumentar a produtividade e facilitar a criação de conexões essenciais para acompanhar a dinâmica do mercado.

Em resumo, mudar não é apenas uma postura.
Mudar tornou-se um mecanismo de sobrevivência para instituições, empresas e organizações que desejam manter a relevância e a continuidade de suas operações. Não estamos falando de um simples corte de cabelo, de uma alteração na cor de um logo ou de uma mudança superficial no discurso nas redes sociais. Mudar é uma estratégia estruturada, com táticas bem definidas, prazos e etapas conectadas aos anseios e emoções dos consumidores.

Agora, a pergunta é: Você já pensou sobre o que precisa mudar em sua empresa ou no seu modelo de negócios? Obrigada por ler até aqui!