Responsabilidade

Cuidado com a saúde mental é o diferencial da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina

Publicado em

27/07/2023 16h14

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Psicólogo Robert da Costa comenta como a presença de um profissional da área permite o gerenciamento de crise e a construção de um ambiente mais colaborativo

A Copa do Mundo de Futebol Feminino já é o maior torneio de todos os tempos e a primeira edição com 32 seleções participantes. Neste ano, além de médicos, fisioterapeutas e massagistas, uma psicóloga acompanhará o time. Marina Gusson é a profissional que acompanha o time desde 2019. Em entrevista ao site da CBF, em 2020, ela explicou que seu trabalho consiste em um “gerenciamento tanto das emoções quanto dos pensamentos para se ter a melhor performance em campo”. Conforme o psicólogo Robert da Costa, essa iniciativa permite a segurança psicóloga das jogadoras e garante a formação de um ambiente mais colaborativo.

“Um avanço enorme, inclusive até sob a seleção masculina que não contou com um psicólogo em sua delegação na última copa do mundo disputada no ano passado. Vemos os números de adoecimento por saúde mental aumentam ano a ano a população do futebol não fica atrás. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) Entre os jogadores de futebol ativos, 23% relatam distúrbios do sono, enquanto 9% relatam depressão e outros 7% ansiedade. Esses números só mostram o quanto o trabalho de um psicólogo é essencial para o desempenho final de um time em um campeonato tão intenso como uma Copa do Mundo”, comenta o especialista.

Nas Olimpíadas, por exemplo, a ginasta norte-americana Simone Biles desistiu de disputar a final individual geral da ginástica artística para cuidar da saúde mental. Outro caso que ganhou notoriedade aconteceu na Copa do Mundo masculina de 2014, quando o capitão da seleção brasileira, Thiago Silva, chorou e desistiu de bater um pênalti contra o Chile.

“Lembrando que o trabalho do psicólogo não é somente gerir crises, mas principalmente garantir um ambiente de segurança psicológica, Segundo a pesquisadora Dra. Amy C. Edmondson um ambiente sem segurança psicológica tende a inibir e aprendizado, a cooperação e por consequência a criatividade. Fatores completamente essenciais não só para seleção que está disputando o mundial, mas também para o nosso dia-a-dia”, aponta Robert.

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