Responsabilidade

Empresas buscam promover a inclusão das mulheres no mercado de trabalho

Por Redação

23/08/2022 15h38

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Marcas divulgam metas para que posições de liderança sejam ocupadas por mulheres, considerando também diversidade racial e equidade salarial

 

A equidade de gênero, especialmente na liderança, tem sido um tema mais frequente nas empresas com atuação no Brasil, e gerado alguns resultados: segundo a pesquisa exclusiva da consultoria de recrutamento holandesa Randstad, as contratações de mulheres especialistas e líderes cresceu 168% em 2021 quando comparadas ao ano anterior.

 

Ainda assim o desafio é grande. Globalmente, de acordo com a consultoria Mckinsey, 48% dos cargos de entrada nas empresas são ocupados por mulheres, enquanto nos cargos de gerência e diretoria elas são 35%. Para cargos C-Suíte, o índice é ainda menor: 24%.

 

Para mudar o cenário e deixar de lado o fenômeno conhecido como “degrau quebrado”, quando há equidade de gênero na base, mas não no topo, as companhias começam a entender que apenas boa vontade não basta. Para avançar, é preciso planos robustos que incluem desde treinamentos de vieses inconscientes para líderes até vagas específicas para mulheres e metas claras.

 

A Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, tem o impulsionamento da equidade de gênero como uma das agendas prioritárias quando se fala em diversidade e inclusão. A empresa possui a meta de atingir 30% de mulheres em cargos de liderança no Brasil até 2030. Para isso, realiza programas e projetos para estimular a inclusão das mulheres e também apoiá-las para crescerem dentro da companhia.

 

Um exemplo é o Lidera VC, programa com foco no desenvolvimento de mulheres líderes, que já formou mais de 100 mulheres em posições de liderança no Brasil. O Lidera VC aborda diferentes temáticas a partir da perspectiva de gênero e inclusão, como estereótipos de gênero, negociação, liderança inclusiva e estratégica e imagem profissional. Já foram realizadas três edições do programa. Em 2022, 60 mulheres concluíram a formação.  As histórias de algumas das líderes que passaram pelo programa viraram um e-book.

 

“Nossas iniciativas para desenvolvimento profissional de mulheres reafirmam o nosso jeito de ser, em que visamos proporcionar condições cada vez melhores de crescimento individual e coletivo das nossas empregadas. Ao desenvolver as nossas líderes, contribuímos para que elas avancem em suas carreiras, transformando as suas jornadas de vida, o que sem dúvida inspira e fortalece os esforços na busca por igualdade de oportunidades”, afirma a gerente geral de Desenvolvimento Organizacional Global da Votorantim Cimentos, Thatiana Soto Riva.

 

A M. Dias Branco também vem se posicionando para impulsionar a agenda da igualdade de gênero. A empresa integra a carteira do Índice Teva ESG Mulheres na Liderança (ETF ELAS11), gerida pelo Banco Safra e listada para negociação na B3. Trata-se do primeiro índice do Brasil, que seleciona as empresas de capital aberto com maior representatividade de mulheres na governança, classificando-as de acordo com a proporção da presença feminina nos Conselhos de Administração, Conselhos Fiscais, Diretorias Executivas e Comitês de Gestão.

 

No Conselho de Administração, que mantém sete titulares, 40% do quadro é composto por mulheres. Em toda a Companhia, que conta com mais de 16 mil funcionários, 26% das mulheres ocupam posições de liderança, incluindo gerência, diretoria e vice-presidência. Até 2030, a meta é ter 40% dos cargos de liderança ocupados por mulheres.

 

A boa notícia é que na América Latina já foi alcançada a marca de 51% de mulheres na liderança, referente aos cargos de diretoria e acima. Agora há o desafio de replicar este modelo nas demais regiões do mundo.

 

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