Influência

Estudo revela os influenciadores brasileiros mais admirados pelas empresas

Publicado em

19/02/2024 14h18

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Segundo estudo Influence Marketing Scope, ao apostar em influenciadores, anunciantes buscam visibilidade, awareness e conhecimento de marca

A Scopen lança a primeira edição do Influence Marketing Scope, um estudo bienal sobre a dinâmica do mercado com dados obtidos via profissionais do mercado de marketing e comunicação. A pesquisa revela os influenciadores mais admirados pelo mercado.

Na primeira edição do estudo, a empresa entrevistou 129 profissionais (101 responsáveis pelo marketing de influência em empresas anunciantes e 28 de agências especializadas) entre julho e novembro de 2023.

Para a maioria dos profissionais de empresas anunciantes (50%), tal investimento visa conquistar visibilidade, awareness e conhecimento de marca. Em segundo lugar está a construção de branding, posicionamento e imagem de marca. Para verificar o resultado das ações, as empresas buscam mensurar alcance e engajamento.

O estudo elencou os influenciadores mais admirados pelos entrevistados. Veja abaixo:

A pesquisa traçou o perfil de influenciadores mais contratados pelas empresas anunciantes. Cerca de 90% dos entrevistados afirmaram buscar por influenciadores nativos, ou seja, que nasceram e construíram suas reputações no ambiente digital, em detrimento de líderes de opinião (62%), user generated content (60%), embaixadores de marcas (57%), afiliados (10%) e demais perfis (3%).

Entre as categorias de conteúdo, lifestyle é líder (80%). Ocupam o restante do ranking: influenciadores que falam sobre celebridades (61%), generalistas (47%), fashionistas e influenciadores de beleza (44%), trendy entre os jovens (39%), gamer (36%), foodie (34%), fitness/esportes (32%), humor (21%), financeiro (11%), cultural (10%), especialistas específicos e de saúde (9%).

Por outro lado, no critério de número de seguidores, micro influenciadores, que têm entre 10 mil e 100 mil seguidores, lideram a preferência (93%). Macro influenciadores (100 mil a 500 mil seguidores) ocupam o segundo lugar (89%) e fama influencers (500 mil a 1 milhão de seguidores) o terceiro lugar (77%).

Os dados da pesquisa apontam que apenas 0,23% do faturamento das empresas torna-se investimento para o marketing de influência. As empresas para as quais os participantes trabalham faturaram, em média, R$ 5,8 bilhões em 2022. 

Em 2023, as mesmas destinaram, em média, R$ 1,3 milhões para a categoria. Ou seja, a cada R$ 100 de faturamento, R$ 0,23 vai para o marketing de influência. As marcas investem mais em relações públicas (R$ 0,36) e marketing e publicidade (R$ 3,50). 

Em 2023, o orçamento para o marketing de influência foi dividido entre posts (67%), audiovisual (16%), áudio/podcast (8,2%), streaming (4,5%), eventos (3,2%). Para 2024, os profissionais vão aumentar o investimento em posts (45%), eventos (42%), audiovisual (36%), áudio(33%) e streaming (19%).

Paula Ribeiro, diretora de estudos e investigação da Scopen Brasil, diz que a maturidade e familiaridade dos profissionais com a área ainda é distinta e empresas ainda sentem a necessidade de respaldo para que a aposta em influenciadores seja menos arriscada. A perspectiva é que tais visões tendem a tornar-se mais próximas.

“Os profissionais de empresas pensam de forma mais tática. Já os profissionais de agências têm um conhecimento maior deste universo que os permite pensar de forma mais estratégica. Acredito que em algum momento isso irá se equalizar, porém, como o ambiente é mais arriscado, o perfil do decisor precisa ter componentes inovadores para que não exista tanto medo de errar, pois o tempo para correção de rota é desafiador”.