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Série Humanização & Liderança | Desmitificando o Burnout e as práticas de prevenção

Publicado em

11/09/2023 16h26

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Saiba como a síndrome demonstra os seus primeiros sinais e como pode ser prevenida por meio de estratégias de humanização do trabalho

A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, está sendo cada vez mais colocada na pauta dos profissionais de gestão de pessoas, logo que de acordo com dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome. Trabalhar a temática dentro das organizações levanta algumas dúvidas e angústias tanto por parte dos colaboradores quanto dos líderes, que buscam meios de tratar essa questão da melhor forma para empresa e para funcionário, e para isso é indispensável adquirir conhecimento sobre o tema e as formas de prevenção.

Cientes dessa demanda do mercado, o Nosso Meio está lançando a série “Humanização e Liderança” que irá ser divulgada semanalmente ao longo do setembro amarelo, como forma de lembrar que a prevenção do burnout é uma das alternativas da prevenção ao suicídio.

Episódio 01: Desmitificando o Burnout e as práticas de prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome de Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros. Traduzindo do inglês, “burn” quer dizer queima e “out” exterior.

Para saber os primeiros sinais, a especialista em Gestão de Pessoas e Psicóloga, Rebeca Feitosa revela quais são os sitomas que sinalizam a síndrome nos portadores de burnout.

“Com o cansaço e o estresse, o corpo muitas vezes entra em estado de exaustão, sofrendo uma baixa do sistema imunológico e ficando mais suscetível a doenças, como gripes e resfriados. Podemos observar ainda sintomas físicos como: dores musculares, dores de cabeça, fadiga ou falta de energia, tontura, falta de ar, dores gastrointestinais e alterações nos batimentos cardíacos”, explica

Os sinais de burnout também podem se manifestar a partir de dificuldades de concentração e lapsos de memória, sentimento de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de incompetência, isolamento, baixa produtividade, irritabilidade, entre outros.


A atenção com os colegas de trabalho deve ser constantes, já que a pessoa pode demorar a perceber em si os sintomas da síndrome de burnout, mas as pessoas ao seu redor são capazes de observar que algo não vai bem, chegando a identificar alguns sinais.

Rebeca sinaliza outras mudanças no comportamento e na rotina de trabalho que podem ser observadas:

  • Constante necessidade de aprovação do outro e uma certa incapacidade de se desligar do trabalho; colocando sempre o trabalho acima de tudo, não conseguindo enxergar outras necessidades além do campo profissional
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Perda das principais características da sua personalidade, com sentimento de desvalia e vazio interno, passando a ser mais intolerante com as pessoas.

Dentro desse sintomas, é comum que haja a confusão entre outras patologias psicológicas e psiquiátricas que apresentam semelhanças em seus sintomas, como ansiedade e depressão. No entanto, síndrome de burnout pode resultar em um estado de depressão e/ou ansiedade. Conheça a diferença entre cada uma, elencadas pela psicóloga:

Burnout: É uma síndrome resultante de um estresse crônico que chega à exaustão física e mental. A Síndrome está diretamente ligada à vida profissional, sendo essa é a principal diferença entre burnout, ansiedade e depressão.

Ansiedade: É uma resposta natural do corpo ao estresse. Em geral, manifesta-se como preocupação excessiva, tensão e nervosismo, com sintomas físicos como palpitações e tremores. A ansiedade é uma resposta mais geral ao estresse e às preocupações da vida, seja no âmbito profissional e/ou pessoal.

Depressão: Trata-se de uma patologia psiquiátrica crônica, que afeta milhões de pessoas de diferentes idades, resultado de algum evento traumático ou estresse crônico.

Recentemente, o cantor Wesley Safadão se afastou de suas atividades profissionais devido a recorrentes crises.

“Estou faz três dias sem conseguir dormir. Para quem não está entendendo, o que o Safadão tem, na verdade, é cabeça, é mental. Me deram um sossega leão antes desse show, consegui cochilar umas horinhas, e consegui fazer esse show. São dias delicados, eu não venho muito bem nos últimos dias”, revelou o artista em suas redes sociais.

O que revela um estado de estafa mental, uma das características que sinalizam uma possível síndrome e que merece atenção. Para prevenir esses cansaços excessivos e essa paralisação no trabalho existem ações e estratégias de prevenção para evitar a síndrome.

A entrega de conteúdos sobre a temática é uma das ações essenciais que podem ser oferecidas para a prevenção do burnout, levando informação que pode gerar identificação dos primeiros sinais. Aliada a essa conscientização é indispensável que a empresa se cerque de um time de psicólogos que possam ser meios de tratamento para essa questão.

“É importante oferecer um espaço de escuta aos funcionários, de preferência com o apoio de um profissional especializado. Promover e incentivar programas de bem-estar, como o autocuidado, a prática de atividades físicas e meditação, também ajudam a estabelecer uma cultura de bem-estar, mostrando que a empresa se preocupa com a saúde do funcionário e valoriza o seu equilíbrio na vida profissional e pessoal”, explica Rebeca Feitosa.

Falar sobre saúde mental não é um assunto limitado ao setembro amarelo e deve ser estendido com um planejamento estratégico anual de gestão de pessoas, que traga ações contínuas de bem-estar físico e psicológico. Prevenir o burnout, é uma prática de cuidado com o ambiente de trabalho, colaboradores e líderes, além de ser um ato em favor da vida.

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